Herilton da Vitória Nicoli |
Neste ultimo final de
semana, a pista de atletismo do Ifes Campus Vitória foi palco dos VI Jogos
Municipais de Pessoa com Deficiência, revelando lindíssimas histórias de
Superação dos Munícipes da nossa Capital. Herivelton da Vitória Nicoli foi um
destes personagens ilustres que abrilhantou o esporte paralímpico neste ano de
2019.
Nascido com morte aparente
(quando o médico havia percebido uma possível morte cerebral), somente teve os sinais
vitais, com certa normalidade (choro, movimentos, abrir os olhos), apos 15 dias do parto . Ele foi acometido de pneumonia por grande aspiração e uma hemorragia intracraniana
que lhe causou convulsões e muitas espasticidades no período. Segundo a equipe
medica, se ele evoluísse, viveria em processo vegetativo e, graças a Deus, a
evolução veio aos poucos com ajuda dos tratamentos, surpreendendo a medicina da
época que, contou com o auxílio de ótimos profissionais, sobretudo de
fisioterapia.
Sua inclusão foi muitíssimo
importante para que conquistasse uma melhor integração com a comunidade,
frequentando APAE e, depois a escola normal. Em sua infância apesar de
ter experimentado preconceitos que eram muito mais fortes (por causa da mentalidade da sociedade daquela época), mesmo com muitas debilidades motoras e intelectuais, conseguiu se motivar a participar de atividades físicas, o que foi um dado
extremamente positivo para sua carreira esportiva. Já na adolescência, havia
iniciado no futsal, capoeira, handebol, natação, basquetebol e vários outros
esportes com o insensitivo da família e amigos e de professores que lhe
ajudaram a vencer barreiras quase intransponíveis, na contramão de outras pessoas que,
equivocadamente, agiam com discriminação.
O esporte foi, além da família
e dos verdadeiros amigos, um suporte para sempre galgasse um bom caráter, disciplina
e amadurecimento, mesmo tendo sequelas que lhe impedisse competir com o mesmo grau
de igualdade, conseguiu estudar e viajar, ampliando,
ainda mais, seu conhecimento sobre si e o mundo. Herivelton é bilíngue e morou nos EUA durante um bom tempo, conhecendo a cultura e fazendo muitas amizades por onde andou.
Hoje ele pratica atletismo
no Programa de Inclusão, ajuda e faz parte do Time de Futebol Americano Espirito
Santo Blackknigths e frequenta cross trainning na Academia Box Maruipe. Ainda
faz parte do projeto de basquete do Casé, e se disponibiliza e estar sempre
aberto a novos projetos sociais e esportivos.
Encontra muito aconchego em
sua família e nestes esportes, onde encontra muitos participantes que, de uma maneira ou
outra, ajudam compartilhar com a sociedade uma ação solidária em prol de um
mundo melhor. No sábado, dia 19 de outubro, conquistou mais duas medalhas que
pôde comemorar com toda alegria, o melhor dos ensinamentos que é a SUPERAÇÃO.